Recentemente um amigo muito estimado contou-me a novidade dos seus últimos três anos. A mãe de uns 80 anos de idade, após uma tola queda, sofreu uma grave fratura. Ela agora residia com ele e a esposa. Nessas horas sempre me lembro do escritor Gabriel Garcia Marques, que certa vez escreveu mais ou menos assim: uma queda determina o início da velhice. Sábio Gabriel!
Diante do fato relatado pelo amigo, ainda aturdido por tantas mudanças em seu cotidiano, perguntei como era a mãe dele fisicamente, se era magra, saudável e lúcida. Ele respondeu afirmativamente, e ainda comentamos que talvez o fato de sua mãe ser magrinha poderia ter minimizado a gravidade da fratura, e provavelmente contribuiu com o seu restabelecimento. Afirmei que o sobrepeso na terceira idade gerava tantas dificuldades no cotidiano do idoso, que me levava a pensar se não deveríamos ser mais leves para sermos “menos pesados” na velhice.
Verdade seja dita, negamos tanto a condição da velhice, que nos imaginamos de cabelinhos brancos mas bem lúcidos e em plena forma física. Meus caros, se a nossa opção continua sendo o mais primitivo dos mecanismos de defesa, que é a negação, não seria melhor mudarmos por consideração aos nossos filhos, esposas, maridos ou qualquer outro inevitável cuidador?
De fato, a vida grita aos nossos ouvidos para que sejamos independentes e, se possível, não dependamos de ninguém para sermos felizes! Vidinha infame! Disseminamos o egocentrismo e esquecemos que da mesma forma que um dia tivemos um cuidador quando nascemos, no futuro novamente necessitaremos de um cuidador muito mais zeloso, forte e paciente.
Meus caros, se vocês ainda acham que a saúde diz respeito ao dono do corpo, creio que há um grave engano! A saúde pertence a todos que convivem com vocês! Sabem aquele papelzinho que alguém joga no chão, e que ninguém tem nada com isso, mas que num futuro bem próximo coloca esse alguém num alagamento com mais 50 ou 100 pessoas, e que não tinham nenhum conhecimento daquele papelzinho? Então... O papelzinho é o pensamento egoísta, e por vezes negligente, daquele que não cuida da própria saúde!
Há alguns anos escutei a história de um rapaz enlutado pela perda da mãe há mais de três anos. Entristecido, contou-me da dor da perda e também de uma dívida contraída durante o tratamento da mãe. O rapaz ,triste, falou do seu sentimento de impotência diante da condição da mãe que era fumante e que acabou morrendo de câncer de pulmão. A dívida dele? Aluguel de cilindros de oxigênio... Pensei, meu Deus, o filho ainda pagava pelo o ar que a mãe trocou pela fumaça... triste história, mas espero que sirva de exemplo a todos que desejam parar de fumar ou melhorar sua condição de saúde. Lembrou do papelzinho com esta história? Eu também!
Maravilha, pra variar!
ResponderExcluirOi Claudia, compartilhei teu texto no meu blog, (http://almascongruentes.blogspot.com.br/)ok?
ResponderExcluirAdorei.
Anne